sexta-feira, 28 de setembro de 2012

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Filosofia Contemporânea



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Filosofia Moderna



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Filosofia Helenista



Socráticos



Filosofia Antiga/Grega








Filosofia 2012


FILOSOFIA: introdução à Estética (3ano)

A Filosofia é essencial para desenvolver o senso crítico e pleno exercício da cidadania; é um convite à abertura a uma concepção de mundo e ao conhecimento (forma científica de pensar). O objetivo é educar para inovar, inovar para participar e participar para mudar a realidade. Acreditamos que as camadas populares também devem ter acesso ao conhecimento próprio da camada dominante da sociedade para que essas também se tornem agentes participativos e alcancem a governamentabilidade. No filme “O nome da rosa” de Umberto Eco, percebemos a relação direta entre conhecimento e poder, entendemos que a escola deve socializar a riqueza do conhecimento provocando a mudança da realidade, condições materiais virão por acréscimo (Gramsci). Dentre as áreas da Filosofia, destacamos algumas de máxima importância para o desenvolvimento do espírito crítico (questionar respostas prontas, intervir, posicionar-se, descobrir falhas, propor novas alternativas).

ONTOLOGIA: Conhecimento do ser, sua natureza, existência e características fundamentais. A existência precede a essência (primeiro existimos, depois nos compomos). Somente o ente é existência, as outras coisas são objetos coisificados pelo ente. Quem é o homem? É existência, possui instintos inatos, porém é o único animal capaz de dizer não, de abrir-se para dentro de si (tem alma, tem corpo). Sem o corpo o ser humano deixa de ser, não existe – somos seres no mundo. O corpo é mediação para tudo o que existe, porém o ser humano consegue transcender seu corpo abrindo-se aos outros, à transcendência. A consciência do seu existir e ser que conhece, forma conceitos e raciocina. Além da posse epistemológica (interpreta, descreve, explica e prevê), entendemos que a Ciência não é critério único de interpretação da realidade, são hipóteses renováveis que fazem surgir novas teorias (Popper), algo só é verdadeiro enquanto não for falsificado (princípio da refutabilidade).

ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA: Revela a natureza, deveres e missão do ser humano – “Conhece-te a ti mesmo” (Sócrates), outra definição encontramos em Agostinho que diz que o ser humano é um grande mistério, não é coisa, por isso Mondin sugere que a pergunta seja: Quem é o homem? E não o que é o homem? A busca pela essência revela-o como ser no mundo, como criatura (teocêntrico). Platão e Aristóteles colocaram na alma sua essência (ser feliz). Na idade contemporânea o homem é suas manifestações libidinosas(Feud), é suas atividades sociais e econômicas, é superação das desigualdades(Marx), é ser existente capaz de assumir e desenvolver um projeto (Heidegger), é ser livre (Sartre), é ser consciente que deve procurar evitar a humildade e ser poderoso (Nietzsche), é ser crente (Kierkegaard), é um epifenômeno da corporeidade material (Hobbes, Lucrécio, Marx e Comte). É ser incompleto capaz de autotranscender sua existência para chegar a Deus (Teodiceia e Metafísica de Rahner, Bondel e Kierkegaard) ou então, através da criticidade descobre que do que não se sabe não se pode dizer nada (Kant).

POLÍTICA E ÉTICA: o ser humano faz da política uma relação estreita com a ética (o bom modo de viver segundo valores morais: justiça, solidariedade, autonomia, liberdade, dignidade, promoção de todos, eliminar preconceitos: racismo, sexismo, homofobia), o homem é animal político (Aristóteles), necessita de um soberano (Hobbes) ou então de contratos sociais (Rousseau). Somente sabendo dos direitos e deveres desenvolvemos a cidadania (respeito pelo bem comum, regime democrático, prevenção da natureza e equidade nos recursos para diminuir a desigualdade). A emancipação humana é a dialética entre submissão-dominação, o conhecimento é da esfera política, pois está atrelado a posse do poder e as tentativas ideológicas tencionadas pela alienação dos sistemas totalitários que massificam, exemplo claro são os Meios de comunicação social que ao invés de privarem pela veracidade, imparcialidade, objetividade e credibilidade são autênticos liquidificadores sociais (não fazem refletir a mensagem, a internet só é realidade de todos quando parar de discriminar os que não possuem acesso as informações e a ela), urge a necessidade da democracia (senso de legitimidade que priva pela liberdade, igualdade e alteridade) para o pleno exercício da cidadania (ruptura com posturas antagônicas e alienantes que mantém reféns principalmente mulher e pessoas de classes sociais sem oportunidades).


ESTÉTICA: “Lutamos contra a homogeneização de comportamentos” (Adorno). O que é considerado belo? E o feio? O belo é agradável, no estudo teocêntrico aquilo que se aproxima da divindade é belo, mas a beleza não está no objeto, mas no resultado harmônico da arte (fazer, conhecer e exprimir, não é simples criação de objetos, mas formas originais que incrementam a realidade). Há gostos refinados que não são frutos da elitização da arte, mas fruto de formas originais que incrementam a realidade, precisamos nos educar para o belo (Kant). (Prof. Leonei – 2012)